Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1996. 148p.
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ENSINAR EXIGE CONSCIÊNCIA DO INACABAMENTO
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Ser aventureiro responsável, predisposto à mudança, à aceitação do diferente.
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Gosto de ser humano porque não está dado como certo, inequívoco, irrevogável que sou ou serei decente, que testemunharei sempre gestos puros, que sou e que serei justo, que respeitarei os outros, que não mentirei escondendo o seu valor porque a invesja de sua presença no mundo me incomoda e me enraivece e porque sei que a minha passagem pelo mundo não é PREDETERMINADA, PREESTABELECIDA. Que meu destino não é um dado mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir. Problematizo o futuro e recuso sua INEXORABILIDADE.
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O ser humano é inacabado, inventou a existência com possibilidades diversas e antagônicas, sendo impossível sem assumir o direito e o dever de optar, de decidir, de lutar, de fazer política.
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sábado, 8 de julho de 2017
Leitura - Paulo Freire - Pedagogia da Autonomia (11)
Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1996. 148p.
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ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO
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Entrar em sala de aula com a tarefa de ensinar e não a de transferir conhecimento exige um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos estudantes, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto com esta tarefa.
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Saber e vivenciar (testemunhar) este saber (tarefa). E assim o discurso sobre a Teoria deve ser o exemplo concreto, prático, da teoria. Noutro caso será um emaranhado na rede de contradições em que o testemunho, inautêntico, perde eficácia.
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Pensar certo é uma postura exigente, difícil, às vezes penosa, que temos de assumir diante dos outros e com os outros, em face do mundo e dos fatos, ante nós mesmos.
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Difícil devido à vigilância constante qu etemos de exercer sobre nós próprios para evitar os simplismos, as facilidades, as incoerências grosseiras.
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Cansativo, por exemplo, viver a humildade, condição "sine qua" do pensar certo, que nos faz proclamar o nosso próprio equívoco, que nos faz reconhecer e anunciar a superação que sofremos.
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ALERTA: Sem rigorosidade metódica não há pensar certo.
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ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO
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Entrar em sala de aula com a tarefa de ensinar e não a de transferir conhecimento exige um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos estudantes, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto com esta tarefa.
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Saber e vivenciar (testemunhar) este saber (tarefa). E assim o discurso sobre a Teoria deve ser o exemplo concreto, prático, da teoria. Noutro caso será um emaranhado na rede de contradições em que o testemunho, inautêntico, perde eficácia.
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Pensar certo é uma postura exigente, difícil, às vezes penosa, que temos de assumir diante dos outros e com os outros, em face do mundo e dos fatos, ante nós mesmos.
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Difícil devido à vigilância constante qu etemos de exercer sobre nós próprios para evitar os simplismos, as facilidades, as incoerências grosseiras.
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Cansativo, por exemplo, viver a humildade, condição "sine qua" do pensar certo, que nos faz proclamar o nosso próprio equívoco, que nos faz reconhecer e anunciar a superação que sofremos.
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ALERTA: Sem rigorosidade metódica não há pensar certo.
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