Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1996. 148p.
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ENSINAR EXIGE CONSCIÊNCIA DO INACABAMENTO
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Ser aventureiro responsável, predisposto à mudança, à aceitação do diferente.
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Gosto de ser humano porque não está dado como certo, inequívoco, irrevogável que sou ou serei decente, que testemunharei sempre gestos puros, que sou e que serei justo, que respeitarei os outros, que não mentirei escondendo o seu valor porque a invesja de sua presença no mundo me incomoda e me enraivece e porque sei que a minha passagem pelo mundo não é PREDETERMINADA, PREESTABELECIDA. Que meu destino não é um dado mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir. Problematizo o futuro e recuso sua INEXORABILIDADE.
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O ser humano é inacabado, inventou a existência com possibilidades diversas e antagônicas, sendo impossível sem assumir o direito e o dever de optar, de decidir, de lutar, de fazer política.
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