Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1996. 148p.
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ENSINAR EXIGE ESTÉTICA E ÉTICA
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A necessária promoção da ingenuidade à criticidade não pode ou não deve ser feita à distância de uma rigorosa formação ética ao lado sempre da estética. Decência e boniteza de mãos dadas.
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Só somos porque estamos sendo. Não é possível pensar os seres humanos longe, sequer, da ética, quanto mais fora dela.
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Transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador.
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Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando.
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Pensar certo demanda profundidade e não superficiliadade na compreensão e na interpretação dos fatos.
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Pensar certo supõe a disponibilidade à revisão dos achados, reconhece não apenas a possibilidade de mudar de opção, de apreciação, mas o direito de fazê-lo.
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Não é possível mudar e fazer de conta que não mudou se se pensa certo.
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Todo pensar certo é radicalmente coerente.
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