Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1996. 148p.
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ENSINAR EXIGE REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A PRÁTICA
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Não é a partir do pensar certo que se conforma a prática docente crítica, mas sem ele não se funda aquela.
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O pensar certo que supera o ingênuo tem que ser produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com o professor formador.
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Na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática.
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O próprio discurso teórico, necessário a reflexão crítica, tem de ser de tal modo concreto que quase se confunda com a prática.
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A assunção do comportamento concretiza materialmente a reflexão crítica, e há um elemento emocional envolvido. Assim está errada a educação que não reconhece na justa raiva, na raiva que protesta contra as injustiças, contra a deslealdade, contra o desamor, contra a exploração e a violência um papel altamente formador. O que a raiva não pode é, perdendo os limites que a confirmam, perder-se em raivosidade que corre sempre o risco de se alongar em odiosidade.
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